sexta-feira, 17 de maio de 2013


Deusa Telemática

Adriano Paiva

Coração bobo,
inebriado fico com você
Sente amor, ou atração por quem nem viu?
Numa tela de computador
quanta força há em vocábulos que a gramática desconhece,
bjs é beijo,
tc é falo com você.

O meu eu cria cada situação
Minha mente consegue fazer sua foto dizer:
Te amo!

Amor virtual,
Nem sem se me queres,
nunca senti seu perfume, 
nunca senti sua pele;
Seus cabelos por entre os dedos de minhas mãos;
Nem a junção divina de seus lábios ao meu;
nem a lagrima da emoção de sentir o seu amor
fisicamente, é claro!

Na tela fria do meu computador
vejo sua foto,
quisera um dia as fibras óticas,
satélites e ondas
depositassem você ao meu lado.
Mesmo que fosse uma imagem holográfica
Padrões de três dimensões
para que eu vesse sua forma escultural

Pego-me com o rosto nesta tela, fria e sem forma
somente para em minutos divagar :
como seria te tocar, amada.
Um dia
Talvez
O Homem invente uma maquina que trasporte seu átomos
desintegre-a e a integre-a a esse coração
que sofre
Por você.

Nasceu este poema às 2325 do dia 17 de Maio de 2013, foi uma viagem sem muita classe e nem engenharia, foi uma digitação abstrata. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário